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Centro de Reabilitação de Alto Araguaia trabalha a inclusão da família na evolução clínica de pacientes


Por Ana Clara de Souza (estagiária) / Asseco

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Centro de Reabilitação de Alto Araguaia trabalha a inclusão da família na evolução clínica de pacientes

Ana Clara de Souza (estagiária) / Assecom/AIA

Cerca de quarenta mães participaram do Grupo de Oficina da Família (GOF), desenvolvido pelo Centro de Reabilitação de Alto Araguaia (MT), através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A ação objetiva suprir a evolução clínica de crianças com orientações aos familiares. São atendidas crianças com Síndrome de Down, Autismo, Retardo de aquisição de fala, retardo de aquisição de linguagem, microcefalia, paralisia cerebral, dislexia entre outras.

A fonoaudióloga e criadora do GOF, Shirley Luz Gomes Lopes, relata que as oficinas aliadas com a presença dos pais são satisfatórias, uma vez que o trabalho exercido no Centro tem continuidade em casa. “Iniciamos o projeto devido a precisão que vimos nas crianças, pois elas recebiam o atendimento, mas a evolução clinica era muito baixa. Então vimos a necessidade de incluir a família, pois trazendo a família para perto, mostrando a situação, ensinando o porquê a criança tem aquele problema, abrimos os horizontes deles para aquela patologia e o que pode ser feito para contribuir na evolução clínica do filho”, comenta.

O primeiro tema trabalhado pelo Centro de Reabilitação neste ano, discutiu o valor da família. Para a fisioterapeuta e coordenadora do Centro de Reabilitação, Viviane Souza Porto, o trabalho da família é fundamental. “Eles descobrem que o filho pode conseguir andar, pode conseguir falar, mas isso também é derivado da ajuda da família”.

Jeane de Oliveira Magalhães, mãe de Mariana de um ano e oito meses, frequenta o órgão desde que ela tinha 20 dias de nascida por conta da microcefalia. “Eu vejo muito melhora na Mariana, pois quando ela nasceu ela praticamente não mexia, não tinha muito movimento com os braços para virar, o pescoço dela e a cabeça não eram muito firme”, conta. Apesar da melhora, Jeane diz que tem esperança que sua filha possa adquirir mais movimentos. “Tudo é com o tempo, paciência que vai dar certo. Nós estamos com fé e foco de que a gente ainda vai fazer ela andar”, disse a mãe, empolgada.

Os trabalhos dos profissionais do Centro de Reabilitação ainda são estendidos em casa. Os pais dão continuidade na estimulação dos filhos com exercício, em um espaço terapêutico na casa de cada paciente. Todo o bimestre, os profissionais realizam visitas de acompanhamento. “Então um é incentivado pelo outro, pelo que está fazendo e assim nós vamos se ajudando. Tento mostrar para eles que sozinha não iremos conseguir, mas que juntos nós conseguiremos a evolução”, diz a criadora do projeto.

O projeto criado há 15 anos, foi erguido no ano passado. Só no início de 2018, 70% dos pais participam das ações promovidas mensalmente para as famílias se engajarem com o tratamento dos filhos.